Contam que, certa vez, perguntaram a Karl Barth se ele acreditava na segunda vinda de Jesus Cristo. Sua resposta foi no mínimo intrigante. Barth teria dito que acreditava em todas as vindas de Jesus, e não apenas na segunda. Na verdade, disse o célebre teólogo alemão, Jesus Cristo veio pela primeira vez na encarnação e, depois, pela segunda vez na ressurreição, e veio outra vez no Pentecoste, uma quarta vez na Igreja, que é o seu corpo, e, além dessas, Jesus Cristo vem toda vez que um pecador se arrepende e se reconcilia pessoalmente com Ele. Ao final, Barth teria dito que acreditava, sim, que Jesus Cristo viria consumar o reino de Deus no “fim da história”, mas essa seria a quinta ou sexta vinda de Jesus.
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Aguardar a vinda de Jesus no fim dos tempos pode se tornar uma distração que nos impede a relação com Ele aqui e agora; negligenciar a vinda de Jesus no fim da história equivale a esvaziar a fé cristã de sua utopia do reino eterno de Deus e negar a promessa futura do novo céu e nova terra. Ambos os equívocos são perigosos e perniciosos à militância e esperança cristãs.
Ed Rene Kivitz
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